sexta-feira

Estamos a ver "A Minha Vida Dava Um Tapete de Crochê E1.01

Olá a todos, e bem vindos à tão aguardada estreia de A Minha Vida Dava Um Tapete de Crochê.
Hoje, contamo-vos a história de Inês, uma rapariga não tão aleatória quanto isso, que decidiu contar-nos a sua chocante história.
*Aparece no ecrã uma carta*
"Uma e catorze da manhã. (Perdi O Jogo).
Eu já devia estar deitada há muito, mas fiquei a ver um filme e a conversar.
O meu pai faz a sua habitual ronda antes de se deitar. Eu corro para apagar a luz, corro a esconder mais o portátil. Raios, a luz do portátil denuncia-me. Baixo a tampa? Não, depois demora muito a des-hibernar. Então baixo ligeiramente a tampa. Ainda assim, a luz é um bocado para o forte... Ideia luminosa: (aliás, escurecedora!): de joelhos, dobro-me sobre o computador, e deixo cair o puff em cima de mim, formando um género de capa-ovo, comigo e com o portátil por baixo, sem sair qualquer luz.
O meu pai passa pelo meu quarto uma vez,
o meu pai passa pelo meu quarto segunda vez,
o meu pai dirige-se ao quarto dele para se deitar.
YUPII, MISSÃO CUMPRIDA!
Tiro o puff de cima de mim e continuo no computador a conversar como se nada fosse."
 
Entretanto, o Colesteral Olto partiu em busca de descobrir o dia a dia desta jovem. O Colesteral Olto avisa desde já que não se responsabiliza por quaisquer ataques cardíacos que se possam vir a registar no decorrer da transmissão da reportagem que se segue.
 
- Olá, Inês.
- Olá, João. Queria desde mais agradecer pela oportunidade de dar a conhecer ao mundo a minha terrível história.
- Ora essa.
- Bom, tudo começou há uns tempos, logo após o episódio que contei na carta.
*Entrevistado funga e começa a chorar*
- Leva o tempo que quiseres.
- Bom, como eu vos contei, eu peguei no puff para me proteger da habitual ronda que o meu pai faz antes de se deitar. Tudo bem até aqui, nada fazia prever o que se passaria nos dias seguintes.
Entretanto, passado um dia ou dois, estava a voltar da escola, e a certa altura dei conta, vá-se lá saber porquê, que estava a ser perseguida. Fiquei muito assustada e o meu primeiro instinto foi descobrir quem poderia querer vir atrás de mim daquela forma tão "psycho". Escondi-me por detrás de uma parede amarela, e foi então que eu o vi.
- A quem?
- Mas estás a ouvir o que eu te estou a dizer ou estás a fazer de conta? O puff, claro!
- Ah...
- Não imaginas a forma como fiquei assustada. Mas o puff não se ficou por aí. O puff começou a perseguir-me mesmo a sério. Fosse onde eu fosse, ele estava lá. Já nem podia ir à casa de banho descansada. Houve mesmo um dia em que estava, portanto, coiso...
- Coiso?
- A fazer, portanto, as necessidades! E olho para a minha esquerda, onde eu pensava que só existia parede, e dou por mim a olhar para o puff. Mandei um salto que até acabei por bater com a cabeça no tecto. Entretanto desmaiei e, quando acordei, estava o puff a tentar fazer-me um boca-a-boca. Eu por acaso até sou a favor do herpes labial, mas pronto, há que admitir que ser transmitido daquela forma nem tem encanto. E eu vou-te ser sincera, João, eu esperava mais do puff. Mas pelos vistos enganei-me.
- Então que se passou de seguida?
- Bom, os dias foram-se passando, e eu lá continuava a ser perseguida pelo puff. A certa altura convenci-me que ele estava apaixonado por mim, mas na minha ideia, inicialmente, ele só queria umas sardinhas enlatadas para fazer uma camisola, mas pronto, pelos vistos nem todos os puffs são feitos de boas intenções.
Mas, certo dia, aconteceu o pior. Estava muito bem eu, num almoço de família, apareceu-se-me o raio do puff lá. Bom, atirou-se a mim de tal forma que eu tive que pegar numa faca e bumba! Tirar-lhe um pedaço de linha. Quando dei por mim, estava no moche.
- No moche?
- Sim, quando dei por mim, estava ali o puff a esvaiar-se em bolinhas de esferovite. E bom, parecendo que não, aquilo é uma coisa que custa a apanhar. É então que a minha mãe se vira para mim e diz: "Ai, ó filha. Se tu fosses como a tua avó, reciclavas." E pronto, foi então que eu decidi dar um daqueles tapetes de Arraiolos à minha mãe.
- Mas que tem isso a ver com tapetes de crochê?
- Calma que vamos chegar lá. É então que me lembro. Ora, tenho tecido de um puff e bolinhas de esferovite, nem é tarde nem é cedo, vou fazer um crochê. E pronto, é por isto que a minha vida dava um tapete de crochê.

O drama, o horror, a tragédia. Por hoje é tudo. Voltamos, como não podia deixar de ser, da próxima vez. E até lá, tenham cuidado, que o pé de atleta contamina todos os dias... tipo bué de gente. E não usem escovas de dentes, que isso dá hemorróidas.

terça-feira

O dinheiro não vem das árvores ou Como exumar uma dívida

Desde mais, parabéns ao Google!

Olá e sejam bem-vindos! Espero que tenham todos cortado o nariz e que nenhum de vocês tenha tirado macacos com o dedo das unhas.
Entretanto, como o título junto com a imagem indicam vamos falar hoje... da Madeira.
Madeira porquê? Porque parece que há uns dias andaram a fazer umas escavações nessa dita ilha e descobriram o quê? Uma "coisinha de nada", uma dívida de 5.000 milhões de euros. Os arqueólogos chamados ao local para investigar este belo achado que, ao que o blog apurou, vêm de um sítio sombrio e gelado chamado Troika, já confirmaram que a referida dívida viveu algures durante o tempo dos dinossauros, algures perto da altura em que Alberto João Jardim começou a governar a Madeira.
Entretanto, fontes próximas já revelaram que o buraco será tapado. Eu só tenho uma coisa a dizer. Não se estão a esquecer de nada, não? Não? Pensem lá bem. (leitores, esperem um pouco que os responsáveis pela obra de reconstrução chegarão eventualmente lá). Exacto, cá está, chegaram lá: o "shô" doutor Alberto João continua cá em cima. É que já que se abriu o buraco e temos que o tapar, porque não aproveitar e fazer os dois... num. Hã? Buraco tapado, coiso. Buraco tapado e João Jardim lá dentro, pum! Até paz na Terra há. E talvez também na Madeira. Mas vou deixar-me de falar nisto que o senhor ainda vem para a comunicação social dizer que eu sou um bastardo. Ele diz bastardo que é para não ter que me chamar filho da p*ta.
E que mais aconteceu? Parece que o nosso Presidente da República (seja o senhor excelentíssimo) quis ir visitar a Madeira para ver como é que lá estavam as coisas. Acontece que houve turbulência a meio do vôo e o doutor Aníbal foi parar aos Açores. Ah, que pena, "né"? Estamos todos cheiinhos de peninha!
Bom, já me alonguei mais do que queria, tanto que acabei por deixar crescer os pêlos das pernas e vou ter que ir assaltar o frigorífico. Volto já, então. No intervalo fiquem com publicidade ;)

***Publicidade***
Sabes comer? Achas que és o melhor do país nesse belo acto? Então inscreve-te já para o a-a, b-b, c. Com sorte ganhas umas amostras de Advantix! Espera... Ok, estão a dizer-me da REGI que afinal já temos o vencedor das fantásticas amostras de Advantix virtuais! Parabéns então à Inês, nome não fícticio, do Porto, que com a frase "Porque senão achatas as narinas na porta quando tentas sair. Ainda ficas com uma epistaxe..." provou que era quem tinha mais vontade de devorar uns deliciosos pacotes de Advantix.
______

O drama persegue Inês. Fica atento, porque em breve, conhecerás a sua chocante história, a sua magnífica vida, o seu quotidiano. Em breve, terás um relato de como te sentirias se vivesses a vida sendo perseguido/a por um puff. "A Minha Vida Dava Um Tapete De Crochê". Estreia brevemente, no seu... Colesteral Olto.

***Publicidade off***

Desculpem a demora, mas tive que ir à casa de banho no caminho para a cozinha porque entornei ali no hall de entrada um frasco de mercúrio sobre o dedo mindinho do pé esquerdo.
Vou então despedir-me de todos vocês, enquanto devoro este pacote de batatas fritas. (sim, o uso abusivo da palavra "pacote" é propositada. Para entender a referência a esta palavra é favor pesquisar "Rosinha" no youtube, juntamente com "pacote". Boa sorte nessa caça ao tesouro).

Vá, agora a sério. Até à próxima, e não comam muitos cachorros quentes, comam também algumas cadelas quentes que é para equilibrar as coisas, 'tá? *som de alguém a tossir e a sair pelo tecto*

sábado

Concurso publicitário número 73 2011, aprovado pelo Governo Civil do Distrito de Lisboa

Cá vai mais um passatempo.

Se o Diogo Cão se chamasse Diogo Gato, que sítio remoto teria ele descoberto que não a Serra Leoa?
O vencedor deste concurso recebe uma paisagem da zona ribeirinha de Portimão.

Serviço ao consumidor de leitores do Colesteral Olto: 800 905 314.

Humidadis infiltradorus


Olá a todos!
Tenho que começar por pedir desculpas por andar um tanto ou quanto desaparecido, mas quando cheguei ao Centro de Estética pensei "Bom, já que estou aqui poupo noutra viagem, e faço já os pés também.
Bom. Que se tem passado nos últimos tempos para além de o Zé da padaria ter sido apanhado a roubar ervas daninhas do jardim da Glória do quiosque? Bom, para além de me informar sobre todos os pormenores desta história, tenho também acompanhado o desenvolvimento deste site porno (para abrirem o site, cliquem no link. Prometo-vos que será um serão bem passado a ler.. er, a ver isso :P). Por outro lado, tenho espreitado um programa bem fixe da BCC onde aparece um tipo a fazer dança interpretativa de músicas tipo "Don't Stop Me Now" dos Queen.
Vamos lá ao que interessa então, e chega de histórias da Carochinha, não é? Até porque já sabemos que o João Ratão caiu dentro da panela e foi assim que se fez a primeira sopa da pedra, porque o João Ratão sofria de uma pedra nos rins já há alguns anos. Mas pronto, não dispersemos, até porque aproveito e já que estamos a falar de histórias, venho introduzir-vos o novo programa do "Colesteral Olto", que irá passar em horário nobre, num ecrã perto de si. Tratam-se de histórias impressionantes de pessoas cuja vida não é fácil, histórias que o vão com toda a certeza emocionar. Se por acaso quiser introduzir-nos a sua história, envie um e-mail para pirex72@gmail.com, e conte-nos tudo, com pormenores, se não for muito incómodo. Fiquem atentos, porque "A Minha Vida Dava Um Tapete de Crochê" estreia brevemente.
Algures no tempo, várias famílias se dirigiram a mim, dizendo que as paredes de seus lares ultimamente pareciam infestadas de humidade. Primeiramente achei o caso insólito, porque eu pelo menos acho que não tenho cara de desumificador, mas vai daí fui investigar. Fui ao sótão, e qual não é a minha sorte de encontrar a velha lupa que o meu avô usava. Fui então à caça, e como quem não tem cão caça com gato, pedi ao pantufas para vir comigo. E não é que descobri que anda mesmo aí uma praga de humidade? Esta espécie de humidade, Humidadis infiltradorus, já está a ser estudada pelos especialistas, mas foi desde já classificada como sendo perigosa e armadada, e parece também que conduz sem carta. Se a virem, contactem de imediato as autoridades e liguem o desumificador, que esta espécie reproduz-se através de esporulação e quando se vai a ver está a casa toda infestada e aquilo parecendo que não começa a fazer estragos.
Bom, cá espero as vossas histórias impressionantes, e desejo a todos uma santa ida ao supermercado, que eu sei que já não têm pasta de dentes. Ah, e o fio dentário é para usar nos dentes, não é para vestir. Que ninguém confunda este tipo de material com fio dental.

Passem bem ;)

quinta-feira

O Pão do Marquês (de Pombal)

Boas tardes a todos!
Desde já peço desculpa andar um bocado desaparecido, mas isto tem andado complicadito :P
Entretanto, tenho uma informação a dar-vos, para os mais desatentos. Após ter ido ao psicólogo e a um programa de makeover, o blog tornou-se agora social e venceu uma página no facebook! Wow! Que espectacular, não?... Não?... Er, não.
Isto porquê? Porque parece que esta semana uma personalidade que me é totalmente desconhecida e com a qual por acaso partilho pai, mãe, avô, avó... por aí fora, e casa também, por vezes, que parece tratar-se estranhamente da minha irmã, criou um facebook. Ora isto só pode querer dizer uma coisa: o apocalipse está aí à porta e já toda a gente tem facebook. Sendo assim, o blog também já deveria ter página no facebook. Parece-vos bem, não? Hum...
Entretanto, devem estar a perguntar-se que raio tem o Sebastião José de Carvalho e Melo a ver com o Luís Vaz de Camões. Elementar, meu caro Watson. O que se passou foi o seguinte: Ia eu todo contente, a andar no meio da rua, cheio de fome, quando dou por mim a pensar em coisas totalmente aleatórias para a ocasião tipo alimentos. Olho em frente, e qual não é o meu espanto quando estou em frente a'O Pão do Marquês. "Ah, e tal, mas eu não vivo em Leiria... Que é que é isso?", perguntam as pessoas que, tendo em conta a frase anterior, são surpreendentemente de alguma parte do universo que não Planeta Terra, Europa, Portugal, Leiria, Leiria, Leiria. O Pão do Marquês é uma padaria ("Não! A sério? Não estava nada à espera disto!") em Leiria, perto de minha casa, onde vendem pão. Ora, por alguma razão inexistente, alguém se lembrou que era engraçado pôr poemas e histórias no pacote (palavra um tanto ou quanto curiosa...) onde introduzem o pão para as pessoas levarem para casa. Então eu entro, peço 2 padeirinhas e aparece-me um poema do Camões, bem famoso, sobre o amor. Ia eu já a meio do meu pão, quando o comecei a ler e percebi a razão pela qual puseram aquele poema específico na embalagem do pão. É que se repararem, aquilo é uma história irónica da vida das leveduras (que, para quem não sabe, são fungos anaeróbios facultativos). Vejamos ao pormenor: "É fogo que arde sem se ver" (diz a levedura: Pois não, não se vê, não consigo ver porque tenho milhões de leveduras à minha frente que não me deixam ver... Ainda se eu tivesse chegado mais cedo... Mas eu não pude, derivado de ter tido que levar a minha mãezinha ao hospital para fazer uma colonoscopia.)/"É ferida que dói e não se sente" (diz a levedura: Ai não que não se sente! Estava aqui calor e eu dei por mim a pensar... Ah, e tal, vamos lá tirar a roupa e ficar com o rabinho ao léu que isto com este calor aproveito para fazer nudismo que assim sempre arejo um pouco. Dou por mim, entretanto, com o rabo todo assado... Má escolha). E podíamos continuar, e ficar aqui horas a fio a discutir a vida das leveduras. Mas tenho manicure marcada, não vai dar para ser hoje.
Que mais aconteceu? Ah, já sei. Fui a um sítio aleatório. Tinha as mãos sujas. Fui lavar as mãos. Ponho sabonete líquido. O mundo pára...
Por alma de quem, hum, é que decidem inventar SABONETE LÍQUIDO com cheiro a PASTILHA ELÁSTICA DE MORANGO?!!!!
E é isto que me leva ao passatempo deste post (sim, porque quem já foi à página do facebook do Colesteral Olto já deu, provavelmente, conta que agora foi lançado um desafio aos compuspectadores que lêem, com alguma ou nenhuma regularidade, este sítio deplorável da internet). Então a pergunta deste post, para 200 mil euros (ahah, acham mesmo? :P), ou alternativamente, para 5 amostras grátis de Pedigree virtuais e, quem sabe, um lugar neste blog (para mais informações sobre esta parte consultar o facebook ou comentar esta LONGA mensagem, ou e-mail, ou telemóvel, ou o que vocês quiserem desde que fiquem esclarecidos), é:
Porque é que decidem, hum, inventar sabonete líquido com cheiro a pastilha elástica de morango? (a resposta ao passatempo via facebook ou via comentário a este post. Limitado ao stock existente. O prémio sai à pessoa que der a resposta mais original).
Até uma próxima, e ponham protector solar nos pés ;)

terça-feira

Olá a todos! Pensavam que ia demorar? Não! ;)
Bom, para começar, tenho amostras grátis de Pedigree e de Advantix. Quem quiser diga, que estou a vendê-las baratito (0,73€-(0,60€+iva) - façam as contas. Quando dá? Não, não é 30, ca*alho! Então eu não vos disse que eram amostras grátis? Caem em todas, vocês...).
Vá, vamos lá ao que interessa. Hoje surgiu-me uma pergunta interessante: Para quê abrir uma porta, se podemos deixá-la fechada? Dêem respostas/opiniões clicando sobre o botão "Reclamações", por baixo deste post, e comecem o vosso comentário sobre o assunto com: "Olha, era o livro de reclamações!".
Entretanto, como estava sem nada para fazer, fui ao google e digitei notícias, assim só porque sim. Abri um link ao calhas, saiu-me a rifa 245, ou seja, o Correio da Manhã. Pensei em fechar, pois não me apetecia ver a fuça do mister José Mourinho a dizer que Portugal não é lixo (concordo com ele, mas já me chegou ver a entrevista ontem na RTP). MAS! Deparei-me com uma coisa que me deixou intrigado... O Harrison Ford está com desejos assassinos e/ou muito mórbidos. Não é que aos 69 anos (idade curiosa!) o senhor Ford "Deseja a morte de «Indiana Jones»"? Assim dizia o título do jornal. E na notícia, podia ler-se que Harrison disse, algures no tempo, que "Quero sempre que as minhas personagens morram". Eu não queria estar a levantar suspeitas sem fundamento, mas a polícia devia andar de olho nele. É que o homem vai-se a ver e é assassino em série!
Aposto que se alguém revistasse a casa dele iam encontrar uma divisão secreta onde as paredes estavam cobertas de recortes de fotos do Han Solo numa pastelaria a comer uma bola de berlim e a beber um sumo de laranja e outras. Já estou a imaginar o polícia federal a dizer: "Aqui está Solo a entrar numa nave espacial. Aqui está Solo a brincar com um Light Saber. Aqui está Solo a entrar numa discoteca gay." A sério, tenham cuidado. Se virem o Harrison Ford na rua, não vão ter com ele para lhe pedir autógrafos, que às tantas vai-se a ver e... as coisas dão para o torto.
Entretanto, cheguei ao fim do post e ainda ninguém disse nada sobre as amostras de Pedigree e Advantix... Estão com vergonha, é? Não vale a pena. E não sejam tímidos. Vá, há amostras que cheguem para todos. Vá, também não é preciso atropelarem-se uns aos outros!

segunda-feira

Stop!

Bom. Muitos de vocês perguntam-se, neste momento, que raio aconteceu ao meu blog. Desde mais queria dizer que o fundo é enganador. Não vale a pena ficarem aqui à espera, não vão aparecer vacas a pastar que vocês possam matar e arranjar, assim, jantar, e poupar uns trocos que isto com a crise... toda a gente aperta e tudo afunila.
Depois, o símbolo de stop também é algo enganador. Não se preocupem, não estou maluco, sei bem que não chegaram aqui ao meu blog de mota ou de carro.
Entretanto, vou continuar o registo que tinha aqui no shitty words. Se quiserem estar actualizados sobre a minha vida, passem por lá.
Para finalizar esta nota introdutória (sim, ainda estou na nota introdutória) queria comunicar-vos que o blog colesteral olto está a mudar porquê? Porque... o fundo a preto está a ficar carito e eu tenho que poupar uns trocos, que isto com a crise... Por outro lado, agucei o meu humor, portanto... Tá?
E pronto, vamos então ao que interessa. Um leitor que pratique o desporto "caça ao tesouro" com elevada assiduidade já terá reparado que eu falei já duas vezes em poupar trocos. Porquê? Isto tudo tem uma razão de ser, que é... Nenhuma.
O que se passou foi isto: Estava eu muito bem em casa, abre-se-me a porta de casa, assim, à força bruta e de repente. Eu agarrei na frigideira, e escapei-me para a sala, para surpreender o que julgava ser um assaltante. Vai daí, o sujeito entra e eu apareço, grito e levanto a frigideira para lhe bater na cabeça. Que é que sucede? Nem era um assaltante, nem era um sapo, nem era o Fernando Pessoa. Era a minha mãe. Conclusão, tive eu o trabalho de ir à cozinha sacar uma frigideira, quando afinal era escusado gastar a gasolina para lá ir se nem sequer ia dar uso à frigideira. Mas pensei: "Epá, isto com a crise, vamos mas é fritar aqui umas batatas ou estrelar uns ovos que é para ver se poupamos uns trocos". De seguida, entra-me um ninja pela janela. E eu: "Ai, queres ver que agora já parti a casca ao ovo e já despejei o seu conteúdo para dentro da frigideira e agora sempre vou precisar dela para abrir uma ou duas cabeças?". Vou à cozinha e deparo-me com um pássaro. E eu: "Queres ver que o pássaro agora quer ficar cá em casa? Mas é que nem pensar!". Mas entretanto, dei comigo a ouvir uma voz a ecoar dentro da minha cabeça e decido o quê? Aproveitar o facto de o pássaro precisar de abrigo para lhe cobrar renda e ganhar uns trocos, que isto com a crise...
Entretanto, decido fazer o almoço: legumes com peixe. Acabo de o fazer e lembro-me que tinha um ovo esbardalhado contra uma frigideira. Estrelo então o ovo e, a certa altura, dou comigo a pensar: "Então mas onde é que está a minha mãe? Queres ver que ainda está ali no hall de entrada?". Vou confirmar, e deparo-me com a minha mãe, especada em frente à parede, com um cêntimo na mão direita. Diz-me ela: "Ia eu na rua, e encontrei uma moeda no chão. Estava toda preta e curvei-me para a apanhar. Na minha ideia era uma moeda de 50 euros. Mas depois pensei: «Ó Maria, então mas se fosse uma moeda de 50 euros já teria havido algum jovem gatuno a levá-la para casa. E além disso, as moedas de 50 euros não existem». Foi então que percebi que era uma moeda de um cêntimo. Fiquei toda contente, e vai daí, trago a moeda para casa. Eh, moeda de 1 cêntimo. Pensavam que a ia deixar lá? Nem pensar!".
É assim, estamos em crise e tudo bem, precisamos de poupar e todos os trocos são importantes. Mas ficar feliz com um achado de uma moeda de um cêntimo?
Dediquem-se ao coleccionismo. Ou à caça ao tesouro. A primeira não dá bolhas nos pés. A segunda não dá bolhas nas mãos. Se gostarem de bolhas, dediquem-se aos dois.

Até à próxima! E não ponham gasolina na Galp, que fica mais caro! (gatunos!)

domingo

i+(pi)=(L)

Gosto muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito de ti, Inês *.*

terça-feira

Inês dos caracóis pró-apopléticos

Nunca fui bom nas artes plásticas. Nunca fui daquele tipo de pessoas que se abstraía  a pintar ou a desenhar, talvez por falta de engenho, talvez porque nunca quis desenvolver as minhas capacidades nesse campo, pois preferia fazer as pessoas imaginarem, ao invés de lhes espetar a coisa na frente dos olhos.
Porquê? A resposta é simples. A imaginação é uma das armas mais poderosas que o ser humano possui. E lá porque não pinto, não quer dizer que eu não tente, a cada dia que passa, moldar toda e qualquer palavra, da forma mais bela que eu possa.
Talvez tu sejas bom nas artes plásticas. Talvez tu saibas moldar formas. Portanto, prepara a tua aguarela e junta-lhe a imaginação.
Imagina o mundo real. De entre os biliões de pessoas, escolhe uma. Aquela rapariga que te chega pelo queixo. Aquela rapariga a quem tu pedes para não roer as unhas, porque as mãos dela são demasiado suaves e belas para serem deformadas. As mãos que tu queres segurar e acorrentar a ti, porque não mais as queres largar. Passa-lhe a mão pelo cabelo. Sente os longos caracóis que te deixam apoplético. Olha-a nos olhos, vê-a a olhar para ti com aqueles pequenos olhos, por cima das lunetas, e com um sorriso do tamanho do mundo. Encosta o teu nariz ao dela, nariz esse que se encontra no meio das suas bochechas rosadas. Abraça-a, abraça-a com toda a tua força, porque amanhã pode haver alguma coisa que vos separe. E suas como tudo, sentes o calor um do outro, de corpo para corpo. Sentes as larvas do estômago a metamorfosearem-se, a tornarem-se borboletas com a chegada da Primavera. Sim, isso é o amor.
E não, ela não é perfeita. Mas é a coisa mais bela que já viste. Mais querida, que te prende. E no final do dia, ela vira-se para ti e diz: “gosto muito de ti”. E tu tens um ataque cardíaco.
Sim, é o amor. E é a coisa mais bela do mundo. A tela que todos querem pintar, mas nem todos conseguem. Eu consegui, e posso não ter pintado uma aguarela, mas escrevi o melhor texto que já alguma vez pintei. Para ti, que tudo és para mim. Para ti, Inês. E ai de ti que fujas da minha vida. Pelo menos deste texto já não foges.

segunda-feira

One day, I'll make sure my son will love his parents. I'll make sure he loves his brother, his sister. I'll make sure he loves his whole family.
I'll make sure he enjoys the simple things in life. "Things that, in the end, when the time steals the rest away, are the only things will remember." (Everwood) I'll make sure he learns how to speak, so he can say to the ones he cares the most that he loves them. I'll make sure he learns how to walk so he can walk a million miles just to meet the ones who are too far away. I'll make sure he learns how to read, so he can learn how to write beautiful things and mold words as easy as possible.
Yeah, one day, i'll teach my son that things sometimes leave, and there's nothing we can do about it, we just have to let them leave. So when my son learns i'm his father, I'll make sure he loves me. And I'll also make sure he loves his mother.
One day, my son will grow up, and he'll make me proud. Because I'll teach him right.

sábado

Episódio 6


Jazes debaixo da terra. O teu corpo, devorado pelos bichos da natureza, portanto, melhor dizendo, o que resta dele, há muito que é sugado pela gravidade sem dar resposta. A tua filha, relembra o dia em que foi o teu funeral, algo que a sua inexperiente mente não conseguia compreender.
"Querida, lembras-te quando o papá dizia que às vezes as flores murcham a tal ponto que não conseguimos mais recuperá-las?"
"Sim..."
"Foi isso que aconteceu com o papá."
"Mas o papá não é uma flor, e também não está murcho."
(murmuro) "Mas será um dia."
E tantos anos depois, a tua filha, apesar de já compreender a morte, não compreende porque tu foste afastado dela, tão de repente, tão cedo. Ela não percebe porque não teve os teus olhos para a guiarem num mundo tão complexo e perigoso. E ela sentiu-se desprotegida. Ela ainda se sente desprotegida.
E foi por isso que ela procurou, na cave de sua casa, uma caixa, na qual ela guardara objectos de infância. Incluindo A Carta. A Carta que "te escrevera" e guardara, quando tinha 14 anos.
E hoje, ela volta a ir pôr-te flores na campa, e lê-ta. Com fé que tu a oiças.
"Querido papá,
Lá na escola os professores dizem todos que sou muito esperta. Tiro boas notas, participo em todo o género de concursos, recebo diplomas de mérito. Já compreendo a morte, compreendo que a certa altura o coração e cérebro param e o ser humano morre, mas ainda assim... não compreendo porque tiveste tu que morrer. Não compreendo que ser egocêntrico és tu, que me deixas para vagueares pelo nada, onde nem leis da física haverão.
Vivo com os tios. Ainda vejo a mãe, uma vez por mês, mas não é com ela que me sinto em casa. Nem com os tios, mas com eles é diferente. O tio foi feito do mesmo sangue que tu foste feito, portanto de alguma maneira mórbida às vezes penso que ele é um zombie, e que esse zombie, por sua vez, és tu. E não te preocupes, eles educaram-me bem. Faço tarefas domésticas, faço a higiene pessoal, estudo.
Melhor! Inscreveram-me na música. Na guitarra, claro, tal como tu quiseste, um dia, para ti. Sinto-me bem feliz, com música nas mãos, com notas a fluirem-me dos dedos como se eu fosse uma caixinha de música. E por falar em caixinha de música, aquela que me deste quando era pequenina desapareceu. Fiquei mesmo triste quando me apercebi disso. Não sei como aconteceu, já obriguei a tia a virar a casa do avesso, mas a caixinha não dá sinais de vida. Mas ainda não desisti, ainda hei-de encontrá-la.
Sei que esperavas mais de mim, nesta carta. A verdade é que eu não consigo. Por mais que digam que sim, escrever cartas não ajuda tanto assim. Porque eu continuo a sentir falta das tuas mãos a passarem-me pela cabeça, os teus abraços e beijinhos antes de dormir. Sinto falta de acordar contigo a aconchegar-me a roupa da cama, antes de ires dormir, e de me dizeres que me adoras. E hoje lamento de nessas alturas ter continuado a fingir que dormia e não te ter respondido com um "e eu de ti, papá".
Está na hora. Tenho que ir. É quase meia-noite. Os tios já foram lá abaixo buscar o champagne. Resta-me tempo para te deixar um beijinho e um abraço por carta. Espero que haja alguma forma de receberes.
E pai, eu sinto tanto, mas tanto a tua falta.
A tua filha."
E ela vai para se ir embora, com os olhos feitos de lágrimas, e algo a detém. Volta para trás, deixa a carta por cima da tua campa e diz-te: "Estive estes anos todos a preparar-me para te deixar ir. Acho que infelizmente está na altura. Até a mãe já deixei ir, no ano passado. Só faltas tu. E eu não quero..." (faz uma pausa infinita) "Mas está na altura. Adeus, pai, podes ir. Abraça-me só mais uma vez, bem junto de ti."
E ela prepara-se para te deixar ir, mas antes deixa uma nota junto da carta: "At every occasion I'll be ready for a funeral".

Quem te dera que ainda tivesses vida. Quem te dera que não fosses apenas um saco de ossos. Quem te dera poderes agarrar a tua filha, abraçá-la e dizeres-lhe: "Filha, não tens que me deixar ir. Eu não vou a lado algum."

segunda-feira

Ter e^{i{pi}}+1=0

Tenho uma confissão a fazer, gosto de ti.
Tenho outra confissão a fazer. Eu também tenho medos. Também tenho medos que me atormentam. Tenho medo do meu passado. Tenho medo de mim. Tenho medo da distância. Tenho medo de não te poder ver durante mais tempo do que esperava, à partida. Tenho medo de não ter todos os miminhos que te quereria dar, que te prometi dar. Tenho medo de tudo e de nada. Até acabo por ter um bocadinho de medo de ti, e nem sei bem porquê. Tenho medo que a minha boca seque e não te possa dar mais beijos. Tenho medo que me arranquem os braços e não te possa mais abraçar junto a mim. Tenho medo que não me arranquem os braços, mas sim as mãos, e eu já não possa acorrentá-las às tuas. Tenho medo de ficar sem voz e não te poder nunca mais dizer que gosto de ti. Tenho medo de ficar cego e não poder ver mais o teu sorriso, ou os olhinhos que me fazes por cima das lunetas. Tenho medo de morrer. Tenho medo que tu... morras. Tenho medo de te perder.
(Tem piada, estar a usar tantas vezes o verbo "ter", e não te ter aqui ao pé de mim agora. Tem piada, porque até a frase "tem piada" usa o verbo ter.)
Eu sei que é chato ter medos. Eu também os tenho, Inês. Mas tento não ter. Tento não ter medo. Porque tu vales muito mais que uma quantidade infinita de medos. E nós temos falado todos os dias. Seja msn, seja cara a cara, seja mensagens (obrigado Catarina, colega de carteira da i). E ainda neste fim de semana estivemos juntos *.* E em breve voltaremos a estar, sim? :)
Desculpa não escrever muito sobre ti. Há razões que já te disse. Há outras razões, tipo achar que se calhar não vou arranjar palavras fofinhas que sirvam de miminhos "verbais". Talvez os medos também cá estejam. Aliás, estão, há um medo que te falei, aquele de dizer alguma coisa que seja coiso :/
Teorema de Ferreira-Pires: i+{pi}=(L). Quero mostrá-lo contigo. Deixas?

You drive me Crazy.
E por favor, não desapareças. Eu não o farei. Tal como prometido. *

domingo

Prometo. Prometo que amanhã escrevo sobre ti. Hoje não, porque os meus olhos doem, e estou com um sono do tamanho do mundo.

Sonhos fofos, i*

segunda-feira

quinta-feira

Nota de frigorífico demasiado extensa.

Não tenho escrito. Não por falta de paciência, porém, talvez, mas antes porque me faltará o engenho e a arte. Parece que não há nada cá dentro que me diga: João, escreve sobre isto; ou: João, escreve sobre aquilo. E não tenho escrito. Talvez por falta de paciência, e não por falta de engenho e arte. Talvez porque... talvez porque talvez.
Mas estou de volta. Tirei umas férias destas bandas. Talvez porque, por um lado, quero fugir ao que da minha escrita possa sair. No outro dia, há pouco tempo, coisa de 5 dias, escrevi algo que não mostrei a qualquer pessoa. Não podia. Era demasiado directo, e tinha demasiadas coisas erradas. Ou talvez fossem certas, mas eram erradas. Confusão? Pois, o mundo está uma confusão. Por um lado, é o Pepe que é expulso sem razão. Por outro, é o Glorioso que só dá 2-1 ao Braga. Por um terceiro, é o Porto que desencanta uma reviravolta de 0-1 para 5-1. 4 Falcões que tornam as coisas um bocado wtf, mas enfim. E sim, quando disse "o mundo", este "mundo" era uma metáfora, nas graças da qual ia caindo, mas equilibrei-me a tempo de desmetaforizar. Lucky me? Who knows?
Talvez não tenha escrito porque há um tema incontornável no qual não quero tocar para já. As coisas ainda estão um bocado insólidas, arriscaria no gasoso, mas talvez já tenham passado ao líquido, mas eu não o posso saber. Por outro lado, criei planos e imaginei coisas para fazer com o meu bando, ou crew, como quiserem, e parece que só vou ter direito a parte dela. Enfim. De pernas para o ar será o conjunto de palavras que adjectiva tudo o que se está a passar à minha volta? Perguntas retóricas FTW!
Não sei se devo escrever, ou se é preferível não escrever. Por enquanto fico-me pelo não escrever, mas sei que em breve será impossível fazer os meus textos passarem ao lado dos teus caracóis, dos teus sorrisos, dos teus abraços e não os encararem e escaparem pela pequena brecha que não é pudim (piadas sobre geologia não valem nada!).
Cá te espero. (Im/)Paciente. Já dizia o Jorge Jesus: "Acardito". E eu "acardito" que em breve vai estar tudo bem e vou escrever sobre tudo e qualquer coisa, e vou poder voltar, de novo, a falar contigo. E não imaginas como lamento as perspectivas da tua vinda estarem tão em baixo. Raios partam às anomalias (nem acredito que prestei atenção à aula de filosofia :O). Talvez não haja kw (nem às aulas de química :| essas então, oh god). E é talvez isso que me faz mais infeliz. É saber que finalmente voltei a prestar um pouco de atenção à escola, tal como fiz nas primeiras 4 semanas de aulas. Sadly happy me! (WTF?)

P.S. pós escrita do texto e reflexão sobre as palavras que aqui foram cravadas: Isto parece um relatório... sobre a minha vida. Não tencionava falar tanto sobre a actualidade. Acabou por sair muito do que sinto. Sorry, não era minha intenção ;).

Fumem erva e bebam shots. O Bob Marley diz que ajuda. Até diz mais: com erva e shots, "don't worry, be happy!".

Até à próxima*

P.S. 2: Passem pelo Patrick Watson e The Cinematic Orchestra.

segunda-feira

Mensagem

Olá fofos.
Desculpem, todos aqueles que são meus seguidores, mas vou tirar férias de blogues. Porém, deixo a promessa de voltar em breve. :)
Um beijinho grande para todos, e vou ter saudades vossas,
João.

#3

Escrito a 19 de Março de 2011

A lua ergue-se lá no alto, confiante de que o seu majestoso brilho servirá de conforto àqueles que não o encontram em outro qualquer lado. Bebe cerveja, enquanto festeja a maior proximidade da Terra dos últimos 20 anos com as estrelas. Não imagina ela o sofrimento que paira sobre o planeta azul, pois a proximidade ainda não é suficiente.
O amor platónico que se agregou a estes dois é tão maior que qualquer outra coisa. Há quantos milhares de milhões de anos esta paixão dura. Nunca se encontraram, contudo continuam a sentir-se atraídos um pelo o outro. Nunca na nua carne da Terra a Lua pode tocar, ou vice-versa. Nunca se poderam beijar. Mas continuam atraídos.
Todas as noites a Lua cozinha para a Terra, à espera que ela queira jantar, à luz das estrelas. Mas não. A Terra não pode. E a Lua não faz mais porque sabe que ela própria também não pode. Porque as leis da Física não deixam. E não se devem contrariar as leis da Física. Estúpidas leis que privam amor. Ao mesmo tempo que aproximam, repelem. E não chamemos nomes a Newton, ou a outros como ele. A culpa não é de quem as descobre, é de quem as cria. Maldito maquiavélico universo ganancioso.
E hoje, a Lua, lá no seu canto, pega em caneta, escreve uma mensagem à Terra, e faz um aviãozinho de papel. "Espero encontrar-te em breve. Amo-te."
Cessa-me o bater do coração. Respiração ofegante. Empurra contra o peito uma fotografia. Engole a seco. Puxa os cabelos, arranha os braços. Morde o lábio, pontapeia o vazio. Pára. Olha lá para fora, pela janela. Ninguém está tão mal com a vida nem sofre tanto por amor como a Terra e a Lua.
Limito-me a espreitar, a agarrar os joelhos junto do queixo, pôr o volume da música no máximo e esperar pelo vento. Porque o vento não pára de soprar. Como a Lua e a Terra não param de se amar.

sábado

In Rainbows #2



Don't get any big ideas
They're not gonna happen

You paint yourself white And fill up with noise But there'll be something missing

Now that you've found it, it's gone
Now that you feel it, you don't
You've gone off the rails


So don't get any big ideas
They're not gonna happen

You'll go to hell for what your dirty mind is thinking

Radiohead, Nude (10 Outubro 2007)

sexta-feira

In Rainbows #1



Reckoner
You can't take it with you
Dancing for your pleasure

You are not to blame for
Bittersweet distractors
Dare not speak its name
Dedicated to all human beings

Because we separate
Like ripples on a blank shore
In rainbows
Because we separate
The ripples on a black shore

Reckoner, take me with you

Dedicated to all human beings

Radiohead, Reckoner (10 Outubro 2007)

segunda-feira

What about summer #1

No passado Verão, fiz um "summer camp". Uns pares de semanas afastado de tudo, conhecer gente nova. Estava a precisar de organizar ideias, imaginar e delinear o meu futuro, porque era importante fazer isso. Ou pelo menos sempre mo disseram, que era importante fazer de vez em quando uns planos a curto prazo. E estando eu com 18 anos, parece-me que estava bem na hora de o fazer, de delinear alguns limites, apagar outros.
Éramos uns 20. 12 rapazes, 8 raparigas. Uma das minhas ideias principais era, também, aproveitar para experienciar coisas novas. Por outro lado, eu estava apaixonado por uma rapariga, bonita, talentosa, inteligente, há já alguns 2 anos. Nunca tinha acontecido nada entre nós, mas eu tinha criado a ideia de que ela era a minha alma gémea, a pessoa que melhor me completava, aquilo que eu mais procurava. E conhecer raparigas novas poderia ajudar a... sei lá, abrir novos horizontes. E era isso que eu esperava, conhecer 8 raparigas novas. Não aconteceu.
De alguma forma, alguma força superior, tipo gravidade, sei lá, quis que eu e Mafalda, uma grande amiga minha, com quem provavelmente iria cortar relações, por causa de irmos para universidades diferentes, quis pô-la no meu caminho nesta viagem.
- Já guardaste tudo? - perguntou-me a minha mãe, segurando as suas já gastas mãos com a incerteza de quem deixa partir em aventura o último de 4 filhos. 3 rapazes, uma rapariga. Cada um tem 2 anos de diferença para o mais novo.
- Sim, mãe. Não te preocupes. Água, umas poucas sandes, casaco, e como podes ver, mochila e saco-cama.
- E as chaves de casa?
- Juntas às do carro.
- Faz boa viagem, e diverte-te.
Beijou-me a face esquerda com uma pequena lágrima no canto do olho.
- Eu ligo-te quando chegar, não te preocupes.
E parti eu à aventura, sem saber o que me esperava.
Guardei a mochila na mala, juntamente com o saco-cama, e espetei a chave na ignição. "Adventure, here I come!".

O sol já se punha. O céu, como tela de vermelhos, contrastava com o verde das quinhentas árvores que se avistavam. Já estava atrasado. Eram 6 da tarde e eu tinha que lá estar às 5 e 30. Estacionei, e procurei a entrada.
- Eduardo?
A voz dela gelou-me. Lá se tinha ido a ideia por água abaixo. Só o facto de ter lá alguém que me conhecia estragava a... essência.
- Mafalda! Que agradável surpresa! - e eu que nem era de mentir.
- Bem, parece que vamos ficar aqui juntos durante 4 semanas!
Pois. Que bom que eu pensava que iria ser. E até o meu pensamento se engasgava só de pensar nisso. Pele de galinha ah!

quinta-feira

Slow Motion Story 3 - Em branco

Eu não costumo contar histórias de "era uma vez", mas esta história vai ser excepção e vai se de "era uma vez".
Porque era uma vez dois meninos, um rapaz, uma rapariga. Dois meninos, um rapaz, uma rapariga. Três meninos, dois rapazes, uma rapariga. Três meninos, um rapaz, uma rapariga. Dois meninos, um rapaz, uma rapariga. Dois meninos, um rapaz uma rapariga. 2, 3, que importa? Tudo. E, na realidade, não eram só estes que pertencem a esta história. Eram vários. Um emaranhado de fios de lã, à procura uns dos outros. Um emaranhado que desejava ser emaranhado, mas na realidade os fios de lã estão lado a lado, paralelos.
Mas isto é uma história. Uma história de era uma vez, onde quase tudo é perfeito, mas nunca o é na totalidade, porque a perfeição não existe, nem nas histórias de era uma vez. Histórias de era uma vez, ó histórias de uma vez, oh. E assim se escreveu esta história de era uma vez, ao som de uma melodia inacabável. Como quem constrói uma casa, mas não encontra forma de construir o tecto.
Vamos restringir-nos a dois rapazes. E dois senhores. Um rapaz, uma rapariga, um senhor, uma senhora. O senhor e a senhora formavam um casal. O rapaz e a rapariga não. E era uma vez um rapaz, que por causa de o senhor ter que ligar à senhora, que estava no hospital, para saber como ela estava, chegou atrasado. E ela estava lá, a espreitar por todos os lados onde poderia o rapaz estar. E ele, ao vê-la, porque ele procurava-a como uma criança procura o Wally, pensa: "Oh merda, ela já está a pensar o quão parvo eu sou por ter chegado tarde. E a culpa não é minha, mas eu sinto-me culpado à mesma. Fogo!".
Enganou-se, ele? Enganou. Porque nas horas seguintes abraçou-a, levou-a onde ela precisava de ir, lavou-lhe as mãos, deu-lhe miminhos. Riu-se com ela. Encostou-se a ela. E ela a ele. E agarrou-lhe nas mãos,  firmemente, após ambos falarem, na brincadeira, sobre a morte dela. E ele disse-lhe: "Tu não podes morrer". E nunca algo lhe tinha dado tantos calafrios horríveis, dor no peito, peso na cabeça. A ideia de ela morrer era absolutamente impensável. A ideia de ela morrer era impossível. Porque ela tem vida infinita. Ela vive em god mode, como se diz nos jogos de guerra. E ao fim do tempo, ele diz-lhe: "Não te quero deixar. Não acredito que amanhã tenho que me ir embora." (silêncio) "Quem me dera poder ficar aqui contigo para sempre". Para sempre, para sempre, para sempre, para sempre, para sempre. Para sempre era o que ele desejava. E lá no fundo, ele sabe que ela também. Porque eles adoram abraçar-se.
E era uma vez, um rapaz e uma rapariga, que anseiam o 21/12/2012. Porque nesse dia, supostamente, acaba o mundo. E eles decidiram que vão-se abraçar, e ali ficar até ao fim. Até não poderem fazer mais nada. 21/12/2012. Eles prometeram-se que, nesse dia, vai ser tudo perfeito, e a vida vai fazer sentido, com o maior abraço de sempre. Porque eles adoram-se.
E quando a humanidade voltar a reinar o mundo, alguém irá escrever uma slow motion story sobre eles, sobre aquele momento.

quarta-feira

Episódio 6

Episódio anterior

Ele estava lá, a olhar para ela, sem dormir, tomar banho e sem comer nada de jeito há duas semanas. O corpo dela, suspenso na maca, agarrado a máquinas e soros, e ela ouvia e sentia, inconscientemente, a música que ele tinha posto, para a manter viva. "No I don't wanna battle from beginning to end; I don't wanna cycle, recycle revenge; I don't wanna follow death and all of his friends."
Só ele lá tinha ficado sem arredar pé. Os pais dela, a amiga, e agora também o irmão dela, tinham ido comer, dormir, tomar banho, a casa. E ele lá ficava. Dia e noite. Ao lado dela. Ao fim de duas semanas, com a barba por fazer e o cabelo desgrenhado, foi finalmente convencido a ir a casa dela tomar banho e comer qualquer coisa quente e que o alimentasse, e não o pão e água que havia sido habitual.
- Vem a nossa casa. Tomas banho e eu faço-te qualquer coisa para comeres - disse a mãe dela.
E ele disse que não, e insistiu, mas ela foi mais persistente que ele. Até porque ela tinha claramente mais forças que ele.
- Eu fico cá, com ela - disse o pai dela.
E lá foi ele, sem imaginar que seria ao fim de duas semanas que ela iria acordar. Estava ele a tomar banho e a mãe dela bate à porta da casa-de-banho.
- ..., ela acordou!
Ele desligou a água, ainda com um pouco de shampoo no cabelo. Secou o cabelo rapidamente e enrolou-se na toalha. A mãe dela bateu à porta.
- Posso? - após resposta afirmativa entrou - acho que isto te serve. É do irmão dela, mas parece-me que é da roupa maior que ele tem.
- Obrigado.
Vestiu-se num ápice, e precipitou-se para a porta da saída.
- Não comes nada? - questionou-o a mãe dela, com um sorriso de quem já sabe qual vai ser a resposta.
- Não.
Abriu a porta, desceu as escadas a correr, dirigiu-se para o carro da mãe dela, esperou que esta o abrisse, e entrou rapidamente.
A ânsia era tanta. O corpo dele tremia todo, de alto a baixo. Ontem ele perguntava-se quanto mais tempo iria ter que esperar para ela acordar, para lhe sorrir, e ele abraçá-la como quem abraça o mundo, e depois dizer-lhe que estava tão feliz por ela estar bem. Sim, porque ele sabia que ela ia acordar. Porque ele não a podia perder. Não como no pesadelo de há umas semanas.
Chegou ao hospital, entrou, comprou umas orquídeas e partiu para o quarto onde ela estava. Entrou., sem fazer barulho. O irmão dela e o pai encontravam-se junto a ela. A amiga também estava lá, a sorrir-lhe. E ele saiu um pouco. E ficou lá fora, a ver aquele momento. Entretanto chegou a mãe.
- Não entras?
- Já entro. Vá entrando, que neste momento ela precisa da família.
E a mãe dela obedeceu, então. E a primeira coisa foi dizer à filha que ele estava lá fora. Entreabriu a porta e disse-lhe:
- Entra. Ela quer-te aqui. Agora.
E ele entrou, com as orquídeas escondidas atrás das costas, com um sorriso de dentes bonitos e direitos. Um sorriso que dizem ser de orelha a orelha. Mostrou-lhe as flores, pousou-as numa das cadeiras e abraçou-a. E disse-lhe:
- Ai de ti se me deixasses. Ai de ti se partisses sem mim.
E ela sorriu-lhe, e abraçou-o mais do que sempre.

quinta-feira

«És especial. És a orquídea com o caule mais doce, as pétalas mais bem cheirosas. És a rapariga com os cabelos mais luminosos, as mãos mais bonitas, a voz mais doce. És tudo o que quero, e quero ser tudo o que tu queres, quero passear contigo à beira-mar, de dedos entrelaçados e corações amarrados. Quero mostrar-te que as estrelas olham por nós, por tu e eu, e têm o champagne pronto para a festa, os balões cheios com hélio presos, os foguetes prontos a ser lançados. Quero dar-te a conhecer o mundo que quero conhecer contigo. Quero-te, e quero que tu me tenhas. Quero aconchegar-te bem e dizer que tudo está bem porque eu te adoro mais do que tanta coisa, e ler-te poesia até adormeceres. Quero ver-te dormir, e ver-te a acordar e sorrires-me e dizeres: "Adoro-te".»

Excerto do texto perdido. É giro, já te vi dormir, vi-te a acordar e dizeres-me: "Adoro-te".

Episódio 5

Episódio anterior

"Those who are dead are not dead, they're just living in my head". A música começa. É engraçado, porque nunca fizera tão sentido na sua cabeça. Olha para o ecrã do telemóvel, confirma que está mesmo a dar essa música e não está com alucinações. "42 - Coldplay". Não, não está a associar pensamentos a pesadelos.
Ele olha pela janela. Pensa no amor da sua vida. Numa noite sonhou tanta coisa impensável, tanta alteração da realidade. Eles juntos, eles a separarem-se. Pior a segunda que a primeira.
E chega, chega ao destino. Sai. Corre. Perna direita, perna esquerda. Tropeça, não cai, desequilibra-se, recompõe-se, segue caminho. Corre mais um pouco, cada vez mais rápido. Transpira. Suor é projectado  com a tecnologia 360º. Passa os semáforos para peões no vermelho. Chega. Chega de correrias. Lá estão eles a sair do comboio. Vêm todos. O irmão, que vive com o pai noutro ponto do país, vem com a sua namorada. A melhor amiga, que vem com o melhor amigo dele, namorados. O rapaz dos óculos. Todos têm um ar triste.
- Desculpa, mano. Há uma coisa que deves saber - diz o irmão. Faz uma pausa. Prossegue - temos más notícias.
Aquele rapaz igual a tantos outros, mas especial nesta história, o ele, sente as lágrimas a vir aos olhos.
O rapaz dos óculos quebra o silêncio:
- Ela foi atropelada. Está no hospital, em coma.
Eu estava lá, nesse dia. Observava tudo, do meu cantinho. Era apenas um rapaz não tão importante nesta árvore de amizades. E ainda hoje, 5 anos depois, juro a quem me ouve contar esta história vezes e vezes sem conta, que ouvi algo nas pernas dele, talvez as rótulas, a quebrar. *Poc*. Acho que o tempo parou naquele momento. Nunca o tempo tinha parado para esperar pelas pessoas. O filme do Benjamin Button não é nada. Aquele momento vai ficar para sempre gravado na minha memória. Aliás, sinto que foi ainda agora que tudo aconteceu. O irmão dele e a namorada, a correrem a abraçá-lo. O melhor amigo e a namorada, a correr, a abraçá-lo. O rapaz dos óculos, a ficar sem saber o que fazer. E foi aí que eu me tornei amigo deles. E é por isso que eu hoje posso dizer que fiz alguma coisa de jeito na vida.
- Levanta-te, limpa a cara, compra bilhete e vai ter com ela.
- Mas eu não tenho dinheiro. - disse-me ele, com as bochechas rosadas.
- Pega.
Ofereci-lhe dinheiro. Ele quis pagar-me, mais tarde, mas eu não aceitei. Pedi aos meus pais, eles foram buscar-me e compreenderam.
- Obrigado, mesmo muito.
E lá foi ele. Correu para a bilheteira, de lá para o comboio que estava para partir, no sentido inverso ao que nós tomáramos, e deixou tudo para trás. Mochila, mala da roupa. Amigos. Deixou tudo para trás. Deixou tudo para trás. Deixou tudo para trás.
Ainda bem que tive essa ideia. Porque ele deixou tudo para trás. Quem ainda duvidava dele, quem ainda não o levava a sério passou a fazê-lo a partir desse dia.
E ele lá esteve, junto dela, a agarrar-lhe na mão, com os pais dela, com aquela amiga dela. Até ela acordar. E perguntar por ele.

Hey Jude.

quarta-feira

Sorry I didn't make you smile today. I couldn't do it and I'm really sorry. I promiss you I'll do that tomorrow :)

Remember when you were young? You shone like the sun.

Fix you, Coldplay.

(Puckle, I was going to post this, then i found you had already talked about it, and well, i'm not copying you)

And high up above or down below,
When you're too in love to let it go.

Fix you, Coldplay.
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!


A lasanha do meu jantar está salgada. E o meu copo favorito partiu-se. (sim, o copo era uma metáfora).
O que me vale, é que grito mudo e assim a minha mãe não ouve. Nem os vizinhos. Nem o prédio. Porque se o prédio tivesse ouvido tinha ido abaixo.
A carne está crua.
Quem é que me oferece um telescópio? E uma guitarra eléctrica? E um bilhete de ida para uma ilha deserta qualquer, sozinho?

A todos os que me puderem ajudar a dar uma destas coisas, obrigado.

Btw, preferia que me tivesse caído um piano em cima, a ter "escolhido" sofrer desta maneira. Sou burro, e estúpido, e a culpa é toda minha.

quinta-feira

When you lose someone you cannot replace

Quando gostamos muito de uma pessoa, paramos tudo por ela. A nossa vida, os nossos afazeres. As nossas horas de sono. Quando gostamos muito de uma pessoa, apanhamos frio por elas. Quando gostamos muito de uma pessoa, fazemos tudo para estar com ela, mesmo que não consigamos, e que saibamos que é improvável podermos ir ter com ela. Tudo. Adormecemos ao lado dela para, quando ela acordar, sorrirmos para ela e dizermos-lhe quanto ela é especial e única. Porque era preciso isso, porque tínhamos que fazer isso, mostrar-lhe que não era só mais uma. E que éramos capazes de tudo por elas, mesmo. Mas por vezes fazemos isso demasiado tarde, ou simplesmente não estamos destinados a ficar com elas. E por vezes podemos mudar o destino, mas o destino por vezes vence-nos, por mais voltas que dêmos.
Sabes? Eu tenho medo de subir às árvores. Muito. Para além de ter umas certas vertigens, é algo que me deixa o coração na boca, porque sei que a qualquer momento um ramo pode partir, ou eu posso desequilibrar-me e cair. Mas como tu gostas de subir às árvores, eu teria subido contigo. Por maior risco que estivesse a correr. Só para te ver feliz. Porque eu amo-te. Mais do que alguém alguma vez imaginou. Mais do que parece, mais do que eu sei que amo.
Está na hora de desistir. Não há mais nada que eu possa fazer. Se acontecer, acontecerá. Se não, eu talvez encontre uma maneira de te esquecer. Mesmo que não totalmente. Porque às vezes tentamos o nosso melhor, e não somos sucedidos. E eu acho que já dei o meu melhor. Se o meu melhor não foi suficiente, então talvez só reste o tempo. E o tempo é demasiado incerto, e é como vender a alma ao diabo. E eu estou disposto a isso, a meter as minhas mãos no fogo, a esperar que o tempo dite as coisas.

Now, could anybody fix me?  Coldplay rulla, até.

segunda-feira

I'm that into you.

Hoje é o dia dos namorados, e é o dia em que eu mais pergunto porque é que há dia dos namorados e não há dia dos amigos ou dia dos mais importantes. É para uma vez por ano se lembrarem que amam e são/não são amados? Não obrigado, lembro-me disso todos os dias. Lembro-me todos os dias que amo e não sou amado. E as pessoas que deviam ver este dia feliz, que amam e são amadas, que têm namorados e namoradas, vêem-no como o dia mais deprimente do ano, porque ele/ela não está aqui. Está longe. E eu não sou amado, mas ela está longe. E eu queria que ela estivesse aqui, mas não é porque hoje é o 14 de Fevereiro. Eu queria que ela estivesse aqui todos os dias. Porque não preciso que me lembrem que o amor existe.

domingo

Shine. (clicar)

Há alturas na vida em que não sabemos o que fazer. Se voar é demasiado arriscado porque a queda pode ser grande e as asas podem parar de funcionar de repente, rastejar não é a melhor opção porque a qualquer altura podemos ser confundidos com cobras. Que fazer então?
Algumas cobras comem aves. Nós somos predadores, mas não de engolir tudo de uma só vez. Portanto talvez decidamos voar. Mas assim a qualquer momento podemos ser engolidos por cobras ou, se tal não acontecer, podemos ser mordidos por uma cobra venenosa. Seja como for, saímos magoados se formos aves. Mas... e se formos cobras? Vamos ser das que têm veneno? Das que não têm? Vamos estar à espera de um deslize da presa e vamos atacar?
Não podemos escolher. Mas também não vamos deixar a escolha a cargo da selecção natural. É o mesmo que vender a alma ao diabo. Solução? Cobrave. Somos cobra, somos ave, somos bravos, corajosos, inteligentes, ágeis. E é aqui que chegamos à questão mais dura e complicada da existência: o ser humano é forte, mas não o suficiente para ser cobrave. Por várias razões. Há sempre energia que se dissipa, há sempre energia que se perde. Há sempre factores que nos roubam determinadas coisas indispensáveis. O dia-a-dia, a rotina. O amor, ou desamor. As fraquezas. Todos nós temos fraquezas. O que temos que fazer é encontrar maneira de as fintar.
Eu não sou cobrave. Não conheço ninguém cobrave. Conheço muitas cobras, conheço muitas aves. Conheço um par de flores, também. Depois há sempre os indiferentes. A esses acho que chamo decompositores. E claro, há os cavalos. E uma estrela-flor. E eu dou-me com os cavalos, com o par de flores, alguns decompositores, aves e essa estrela-flor. E acho que me insiro no grupo dos cavalos, aqueles que correm todos os dias para fugir do mais adverso que há, e que levam as outras pessoas com eles. E este levar, é um levar bom. É um proteger, é um dar-lhe velocidade que as pessoas talvez não têm. Ou acham que não têm.
E agora chego ao fim do post. Acho que levei uma hora a escrevê-lo. Talvez mais. Mas valeu a pena. Porque escrever, juntamente com ouvir música, é uma das coisas que ajudam a fintar os malefícios da vida. Porque ela traz coisas boas, mas também traz coisas más. É como a droga: vicia-nos, é bom no momento mas dá-nos doenças. E que vou eu fazer agora? Seguir a luz intensa da minha estrela-flor favorita. E este favorita é errado, porque eu só conheço uma estrela-flor.
Adoro-te, Alexi'Shine. 

sexta-feira

Dream On (Aerosmith)

Lá pelo meio das minhas canecas de chá verde&menta (acreditem, é mesmo bom!), as últimas já com ele bastante frio, e até mesmo após uns bons goles de queimar e gelar e a garganta, sem esquecer, claro, as horas infinitas de música a entrar pelos meus ouvidos, tive uma notícia péssima: o phone esquerdo dos phones do telemóvel morreu! :c
E as saudades que eu tenho de coisas e pessoas. E as coisas que percebemos que temos que fazer mas não queremos porque não depende de nós e porque nos magoam. Bem, a parte de nos magoar, só se não estivéssemos na linha de fogo é que não havia o sofrimento. Portanto, vamos antes centrar-nos na parte do não depender de nós. Apesar de acharmos injusto. E vermos (apesar de não vermos e apenas sabermos, porque não podemos ver, a vida não nos dá essa oportunidade) pessoas a desperdiçarem outras pessoas que merecem tudo e mais alguma coisa, a não lhes mostrar amor, quando elas precisam e merecem. Apesar de acharmos injusto amarmos alguém como nunca ninguém amou, e haver alguém a pegar-lhe na mão, a beijá-la todos os dias, e essa pessoa não sermos nós.
A vida é irónica. Mas vamos esperar. Sei que provavelmente ainda me vou magoar mais, mas vou esperar ainda mais um pouco, sonhar ainda um pouco mais, acreditar ainda um pouco mais, e pensar que talvez a maré mude. Se não mudar, então aí sim, baixo os braços, e espero que o mar se torne num agente erosivo e aja no meu cérebro, e eroda o sentimento mais forte e mais sincero de sempre.
Adoro-te tanto, Alexishine <3 e serás sempre importante, mesmo que só amiga. E terás sempre palavras bonitas aos teus ouvidos vindas da minha boca, seja como for, aconteça o que acontecer. Para todo o sempre. Prometo.

Assinado,
João Pires (11 de Fevereiro de 2011, ou 11/02/2011,).

Caso uma das promessas supracitadas não seja cumprida, o arguido deverá ser decapitado na praça pública, em frente de toda a população, e isto servirá de exemplo para qualquer outro que ouse sequer pensar em magoar a Alexandra mais WOW de sempre.

quinta-feira

Estou tramado com a minha vida e suficientemente exausto para amanhã acordar e me apetecer dormir até às 11:40 (hora a que o intermédio acaba).

segunda-feira

Warning Sign - Coldplay

Adoro-te. Mesmo muito. Até ao infinito e mais além. :)



A <3

Estado do dia: incrivelmente feliz :)

"A tua silhueta é um mistério da criação". E sobretudo tens tudo menos cara de anjo mau.
És tão WOW (Winter Orchid Wonderful. Pode soar pouco bonito, mas a essência está lá, e tu também, e és mesmo wow e tudo mais :)).
A surpresa pode ter corrido mal, as estrelas de Fevereiro estarem escondidas, o DVD não poder ter sido entregue e as minhas dúvidas sobre algo que poderia ser forte demais ter sido entregue em forma de avião. Mas valeu a pena dormir espalmado e ao frio só para estar perto de ti quando acordasses e não te acordar quando estavas tão fofinha a dormir. E valeu a pena aquele momento de manhã, aquelas palavras que te disse, sentir a tua pele fofa e o teu dedo no meu queixo. E valeu a pena ver o teu sorriso logo de manhã. Fez os meus dias de ontem e hoje. E não me sai da cabeça :).
Sempre que o puder fazer, farei de novo. Por ti e por mim. Porque tu és única, és especial, e és fantástica. E és perfeita. Pelo menos aos meus olhos, e isso é que importa. :) Posso, portanto, dizer que, apesar de todas as peripécias e todas as coisas que nos puseram abaixo, incluindo o ter-me apetecido ir embora por ter errado e sentir-me mal por isso, e tu teres dito aquilo das interpretações, ainda por cima porque tu tinhas razão, e eu tinha errado sem querer, mas tinha errado e sentia-me mal por isso. Felizmente, respirei fundo e prometi a mim mesmo que me ia redimir. Acho que consegui :), apesar de te teres ido embora mais cedo :(.
E boa sorte na descoberta de exoplanetas :)
Adoro-te mesmo mesmo mesmo muito, A <3 :)