terça-feira

Muse(a)

Let's start over again
Why can't we start it over again?

Just let us start it over again

And we'll be good
This time we'll get it...
We'll get it right

It's our last chance to forgive ourselves

Redemption.

I am Amnesiac (4)

I wish I could have acute promyelocytic leukemia. I know it sounds kinda creepy, but i would love to have acute promyelocytic leukemia. If I had it, I would be killed for it because neither nothing nor anyone could probably save me, due to its complications. And I would leave this world. And anything would be perfect. Perfect like spinning plates.


While you make pretty speeches
I'm being cut to shreds
You feed me to the lions
A delicate balance

And this just feels like spinning plates
I'm living in cloud cuckoo land
And this just feels like spinning plates
Our bodies floating down the muddy river

Radiohead, Like Spinning Plates (4 Junho 2001)


And I wish I could be
amnesiac and have acute
promyelocytic
leukemia.

segunda-feira

Também tenho direito a dar-me alguma coisa de vez em quando, não tenho?

Então eu quero isto: Shine on your crazy diamond
Há dias em que me apetece escrever só porque sim. E talvez hoje seja um dia assim. No entanto, as tentativas de escrever alguma coisa com sentido ou que fosse alguma coisa de jeito revelaram-se autênticos falhanços. Mas pode ser que agora saia alguma coisa de razoável.
Quando estive em casa do meu pai, um dia, estive ao pé da praia. E, hoje que penso nesse dia, arrependo-me de ter estado obcecado por causa das compras e de levar as visitas para minha casa para não andarem comigo e com ele às compras, que acabei por me esquecer das saudades que tinha do mar, das saudades que tinha de sentir a areia por baixo dos meus pés. Acabei por nem me lembrar que se calhar as visitas poderiam, também, e tal como eu, fazer uma visita ao sítio onde se vê o céu tocar o mar. Um dia perguntaram-me o porque é que a praia era tão importante para mim, e porque é que eu só gostava de lá estar quando ela estava deserta.
Pois bem, nesse dia, eu respondi: "It's complicated". E fugi à pergunta. Mas acho que hoje estou em condições e com coragem de vos dizer o porquê desta paixão pelo mar, pelo céu, pela areia.
Olha para o céu. Se não for de noite, vês nuvens e cores bonitas, que te enchem o olho e te causam calafrios na espinha. Se não for de dia, vês estrelas, a lua, planetas. Tantas coisas bonitas. Principalmente as estrelas, ou assim o dizem, dizem que as estrelas são tão, mas tão bonitas. E, de facto, têm um brilho tão intenso, algumas. E depois há aquelas que se destacam. Umas maiores, outras mais pequenas. Umas mais próximas, outras mais distantes. Mas para mim, o que importa não é o tamanho nem a distância. Para mim, o que importa é o brilho. E as estrelas mais interessantes, mais bonitas e mais importantes são as que brilham mais.
Depois, o mar. Aquele cheiro a maresia que entra pelas narinas a dentro e causa borboletas no estômago. Ao molhar os pés, sinto arrepios no corpo todo e uma calma e paz interior ao fim de algum tempo.
Depois, a areia. Aqueles pequenos grãos de areia que, apesar de serem pequenos, conseguem causar impressão nas pessoas, conseguem fazer-se importantes, apesar de ser composta por tão pequenas partículas.
E porquê o estar vazia? Porque se estiver muita gente, nem consigo sentir bem a areia nos meus pés, nem tenho espaço para os molhar, nem tenho ângulo de visão para avistar o céu como quiser. E além disso, o cheiro acaba por não ser o mesmo. E eu adoro arrepios na espinha, calafrios, e borboletas no estômago.
Adoro-te, praia. :)

domingo

Porque o irmão que eu nunca tive precisa e merece, e estaria a mentir se dissesse que ele é a pessoa mais importante da minha vida, porque não é, mas é quase como se fosse, está lá tão, tão perto. Só não o é por uns míseros nanómetros. E eu só queria estar ao pé dele agora, para o abraçar como irmão que ele é. Porque... ele precisa mais que nunca.
E eu não posso fazer nada. Foda-se.