quinta-feira

When you lose someone you cannot replace

Quando gostamos muito de uma pessoa, paramos tudo por ela. A nossa vida, os nossos afazeres. As nossas horas de sono. Quando gostamos muito de uma pessoa, apanhamos frio por elas. Quando gostamos muito de uma pessoa, fazemos tudo para estar com ela, mesmo que não consigamos, e que saibamos que é improvável podermos ir ter com ela. Tudo. Adormecemos ao lado dela para, quando ela acordar, sorrirmos para ela e dizermos-lhe quanto ela é especial e única. Porque era preciso isso, porque tínhamos que fazer isso, mostrar-lhe que não era só mais uma. E que éramos capazes de tudo por elas, mesmo. Mas por vezes fazemos isso demasiado tarde, ou simplesmente não estamos destinados a ficar com elas. E por vezes podemos mudar o destino, mas o destino por vezes vence-nos, por mais voltas que dêmos.
Sabes? Eu tenho medo de subir às árvores. Muito. Para além de ter umas certas vertigens, é algo que me deixa o coração na boca, porque sei que a qualquer momento um ramo pode partir, ou eu posso desequilibrar-me e cair. Mas como tu gostas de subir às árvores, eu teria subido contigo. Por maior risco que estivesse a correr. Só para te ver feliz. Porque eu amo-te. Mais do que alguém alguma vez imaginou. Mais do que parece, mais do que eu sei que amo.
Está na hora de desistir. Não há mais nada que eu possa fazer. Se acontecer, acontecerá. Se não, eu talvez encontre uma maneira de te esquecer. Mesmo que não totalmente. Porque às vezes tentamos o nosso melhor, e não somos sucedidos. E eu acho que já dei o meu melhor. Se o meu melhor não foi suficiente, então talvez só reste o tempo. E o tempo é demasiado incerto, e é como vender a alma ao diabo. E eu estou disposto a isso, a meter as minhas mãos no fogo, a esperar que o tempo dite as coisas.

Now, could anybody fix me?  Coldplay rulla, até.

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