quinta-feira

Mói, tritura, emulsiona. Separa, torna mais nítido. Tudo o que a equipa de cientistas quer é descobrir os resultados da experiência e, como tal, só quer que o dia acabe, pois sabem que no final do dia vão ter as respostas que precisão.
Não. Ainda não foi desta. Agora, é mais uma noite à espera do dia em que a experiência possa responder-lhes. E eles esperam avidamente. Esperam num sôfrego interminável. Talvez seja amanhã.
Mói, tritura, emulsiona. Separa, torna mais nítido. Talvez amanhã resulte. Talvez amanhã a cama seja o sítio ideal para se estar, pois talvez amanhã o sono venha com vontade. E talvez amanhã não hajam dores de estômago, por estarem à espera do resultado da experiência e esquecerem-se de comer. E espera-se, mais um dia. Mói, tritura, emulsiona. Mas... Não separou, não tornou mais nítido. Merda. Erro experimental. Pára, recomeça. Mas amanhã, porque hoje já não ninguém consegue aguentar a pressão da experiência.

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