quinta-feira

Short story number four - How I Met Your Mother

Filhos, hoje vou contar-vos a história de como eu conheci a vossa mãe.
Estávamos no ano de 2015, e tudo era muito diferente de como é hoje. Eu tinha mudado de escola, porque ia para o secundário, bem como a vossa mãe. No dia de apresentação dos alunos aos directores de turma, apenas metade das pessoas tinham aparecido, e eu e a tua mãe fazíamos parte dessa metade.
- Nerds... - disse o filho.
- Cala-te, deixa o pai falar! Quero saber a história. - disse a filha.
Bom, continuando, eu e a vossa mãe éramos da metade que tinha aparecido na escola e digo-vos, quando a vi pela primeira vez, fiquei logo deliciado com ela. E foi por isso que decidi sentar-me ao pé dela.
- A sério? Que romântico! - disse a filha.
Não, estava a brincar. Isto foi com a vossa tia Leonor.
- A TIA LEONOR?! - perguntaram os filhos em conjunto.
- E a mãe? - questionou a filha.
Calma, estou a chegar lá.
Estávamos a meio da apresentação, e alguém bate à porta.
- Era a mãe? - perguntou o filho.
Não, era uma empregada da limpeza.
Enfim, entretanto, olho para o outro lado da sala, para ver que pessoas é que estavam na minha turma, ver se conhecia alguém ou não. E foi aí, que os meus olhos poisaram...
- Na tia Leonor? - perguntou o filho.
Não! Na vossa mãe. Tinha o cabelo preto, a pele macia, tudo nela chamava a atenção. Era a rapariga mais bonita que eu já alguma vez tinha visto.
No final da apresentação, estávamos a sair, e o telemóvel dela caiu. Eu peguei nele para lho dar, e começou a dar a "Good Feeling" dos Violent Femmes. Por isso é que a música é tão importante para nós. E por isso é que obrigámos a banda que tocou no nosso casamento a tocar essa música.
- Ah, sim, a história de teres partido a guitarra a um tipo duma banda - lembrou-se o filho.
Sim, isso. Mas deixem-me contar-vos como começámos, eu e a vossa mãe, como tudo aconteceu.
- Nah, já sabemos como se conheceram e não foi interessante, logo o resto é só secante. - disse a filha e saiu, juntamente com o irmão.
Crianças. Não acreditam na magia do amor.

1 comentário:

ana silva disse...

um dia quando chegar a vez delas viverem as próprias histórias, vão querer ouvir e partilhar *