terça-feira

Há já algum tempo que não tenho feito textos como fazia dantes. Sei lá, a falar sobre a minha vida, ou a falar sobre mim, ou sobre o que acontece à minha volta. Há já algum tempo que tenho deixado escapar umas histórias que me ponho a imaginar na minha cabeça, ou simplesmente posto músicas que me dão a volta à cabeça. E eu já costumava usar metáforas, mas ultimamente tenho usado metáforas metafóricas, ou algo que se pareça com isso, que seja algo do género. Não sei se realmente lhes posso chamar metáforas metafóricas, soa a pleonasmo e eu só gosto moderadamente de pleonasmos.
Hoje estou frágil. Como diz o Jorge, "Esta noite estou tão frágil, já nem consigo ser ágil". E talvez seja a isso que se deve esta súbita mudança, esta súbita falta de palavras que eu pensava ter no porta-bagagens que afinal se calhar já não tenho. E esta fragilidade era bem melhor longe daqui.

Sabes? Gosto de ilhas desertas. Porque assim posso chamar por ti sem ter ninguém a chamar-me de louco. Mas ilhas desertas só contigo. Assim, não teria que esperar de mês a mês por um abraço quando estou como hoje. Frágil. Porquê?




E é giro, porque esta última frase tem dois sentidos. E provavelmente, para além de mim, serás a única a saber o que realmente quero dizer.

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